sexta-feira, 1 de abril de 2022

Jardins Comestíveis - Agroescolas

 

 



 

Onde a beleza nos alimenta

Nas Escolas do Agrupamento Tomaz Ribeiro foram criados jardins comestíveis que são  espaços nos jardins das escolas contornados por materiais reciclados, onde se combina a estética de um jardim comum (relvado) com os benefícios de uma horta orgânica.

Observando os nossos jardins que constituem a parte da frente dos nossos prédios, vivendas, escolas, edifícios públicos…, todos são constituídos de relvados que gastam inúmeros recursos e poluem o ambiente, para nada. A relva é incansavelmente acertada por corta – relvas, movidos por recursos energéticos que por sua vez libertam gases responsáveis pelo efeito de estufa e responsáveis pela diminuição da camada de ozono na atmosfera. Por sua vez a erradicação de plantas invasoras dos relvados é necessário entupir a relva de herbicidas e pesticidas que através dos sistemas de rega e com as águas das chuvas os produtos tóxicos escorrem para os lençóis freáticos contaminando-os e acabando com os nossos recursos de água potável, ou ainda pior, gasta - se água quando é escassa. Em tempos de seca, de crise e de guerra, como a que estamos a viver, continua-se a gastar água para rega dos relvados que circundam as ruas quando os recursos gastos poderiam ser canalizados para outros fins que beneficiassem mais o planeta.

Com base nesta reflexão a Escola procurou dar o exemplo à comunidade, de como é possível transformar a nossa paisagem, de regresso à natureza, de uma forma sustentável, cultivando os nossos próprios alimentos. A ideia foi trabalhar com plantas comestíveis, árvores de fruto e flores comestíveis. Assim o jardins frontais das nossas escolas são modelos, de como é possível criar beleza natural, sem desperdiçar recursos, pelo contrário, contribuindo para uma alimentação saudável. Os alimentos retirados das nossas hortas pedagógicas vão diretamente para as cozinhas, sem necessidade de transporte, ou seja, não gastámos recursos energéticos na cadeia de consumo.

 Os professores, alunos, funcionários envolveram-se nas hortas pedagógicas criando literacia agronómica, porque aprenderam, uns com os outros, conversaram, divertiram-se, cada um fez o que sabia fazer melhor…estas hortas são a possibilidade de criar esperança, otimismo no futuro, já criaram em si uma escolaridade Feliz no presente.

Esta pedagogia em parceria com a natureza desenvolveu nas nossas crianças e jovens, competências, tanto a nível físico como psicológico, capazes de criar resiliência quando confrontados com situações adversas no futuro.

Por vezes, dentro das paredes da sala de aula, escrevia-se e falava-se sobre conceitos naturais, como por exemplo as estações do ano, que devido às parcas vivências dos nossos alunos eram conceitos abstratos! este projeto permitiu que os nossos alunos vivenciassem a natureza cíclica em contexto real, dado que em todas as estações do ano, trabalham-se produtos diferentes que se vão repetindo ciclicamente…

Esta foi a resposta local da Escola aos problemas globais que se pode transformar num modelo, pois pode ser adotada por qualquer pessoa em qualquer aldeia ou cidade do mundo, e que pode causar um impacto monumental.

                                                                                                                         


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